segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Funk: cultura popular ou falta de cultura?

O Funk, ritmo musical típico dos aglomerados urbanos, surge no cenário brasileiro como forma de expressão de classes menos abonadas do país. Devido às letras que abordam temas como sexo, violência e drogas, muitos consideram o funk um estilo ruim e vulgar. Esse julgamento, muitas vezes, é oriundo da libertinagem e da venda de drogas que ocorrem nos locais de baile funk.

Entretanto, o ritmo vem superando esses preconceitos e está cada vez mais presente no ambiente de diversas classes sociais. Tamanha dispersão e aceitação, podem ser explicadas pelo ritmo dançante e letras comerciais, de fácil entendimento pela população.

Diante disso, o funk dever ser considerado uma manifestação popular; pois ele representa uma parte da população brasileira por possuir um estilo característico, uma mensagem singular e um público alvo em crescimento.

É inquestionável o fato de que os gostos musicais jamais serão unânimes, tampouco alguém é obrigado a escutar uma música que não lhe agrada. O que deve ser comum à todas as pessoas, é o respeito e o reconhecimento às diversas culturas. Não há culturas melhores, ou piores, há apenas diferentes.


Obs: Como estou sem tempo para novas criações, dividirei com vocês algumas de minhas redações de vestibular. Não são lá muito interessantes, mas quebram o galho. Frases clichês e argumentos objetivos serão comuns, afinal o vestibular não permite que eu mostre minhas garras e deixe minhas marcas. Tudo muito água com sal.

A proposta do texto acima, pedia para discutirmos se o funk era ou não uma forma de cultura do país. Pois bem, dei minha opinião, e de fato penso que seja cultura sim. Porém, o estilo não me apetece nem um pouco. Considero as letras ruins e sem nada para acrescentar. Mas, enfim, na hora do rebolation, eu até consigo chegar na velocidade 3...

Então, deixo vocês, com um pequeno exemplo do imenso arsenal funkeiro:


"Ae mulherada, quer emagrecer,
quer ficar gostosa?
Então vem com o bonde nervoso
senta, senta e rebola"

senta senta senta senta, toma
senta senta senta senta, toma
senta senta senta senta senta e rebola
senta senta senta senta senta e rebola

Senta e rebola
pra ficar com a perna grossa
Senta e rebola
Tcha tchucutchum, tcha tchucutchum

Senta e rebola
pra ficar com a perna grossa
Senta e rebola

Tu malha na academia
isso pra mim é palhaçada
vem dançar no baile funk
que tu fica mais sarada

Tu quer ter bumbum durinho
quer ficar coma perna grossa
eu já tenho a solução
desce,sobe e rebola"

Bonde do Nervoso - Senta e Rebola


Durmam com esse barulho.

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Lição de casa

Hoje de manhã estava assistindo ao jornal Bom Dia Brasil, da Globo, até que uma reportagem me chamou a atenção.

A monitora de uma escola municipal da cidade de Araçariguama, SP, incentivou sua filha a brigar na porta da escola. O motivo da briga não é supresa pra ninguém. Duas adolescentes brigando, só pode ser por quê? Por causa de homem, claro. De acordo com a Polícia Civil, o namorado de uma delas teria ficado com a outra. Acho interessante o conceito de motivos que algumas pessoas têm, mas enfim, isso não vem ao caso (não pra este post).

O fato é, as duas adolescentes se atracaram e a porrada rolou solta. Não por que não houvesse nenhum responsável por ali, pelo contrário, a mãe da agressora (a que começou a briga) estava presente e ao invés de separar as garotas, como era seu dever de mãe e monitora, além de não deixar ninguém intervir na briga, passou a incentivar sua filha a bater mais.

"Soca a cara dela"; " De direita, do jeito que eu te ensinei"; "Soca ela, seu pai está esperando no carro"; foram frases desse tipo que a mãe Meire Aparecida, disse no momento da briga. A monitora negou o incentivo em depoimento a Polícia e justificou a sua passividade, alegando que a filha deveria "aprender a se virar, se não apanharia em casa".

Por má sorte dela, ou sorte da agredida, o fato foi filmado e já está circulando em tudo que é lugar. É, não adianta negar D. Meire. O caso foi encaminhado para o Juizado Especial de São Roque, e Meire teve suas atividades suspensas.

Agora que está desempregada, D. Meire poderia pensar em abrir uma escola de artes marcias. Karatê, Jiu-jitsu, sei lá. Não é bater que ela está ensinando mesmo?

"Não criei filha para apanhar na rua".

Quem merecia apanhar era você, D. Meire. Pra aprender...pra aprender...




Aí está o vídeo do mais novo método de educação familiar.

sábado, 12 de setembro de 2009

Ocupo tempo com coisas deprê


Esse é o nome de uma das milhares comunidades inúteis do querido Orkut. E por forças ocultas do destino eu me encontro nela. Não,não. Não teve forças ocultas, foi uma identificação mesmo. Não que eu esteja depressiva e faça coisas do tipo, mas é como o próprio título diz, muito tempo à toa é muito tempo para fazer coisas entediantes e que deixaria triste o mais feliz do seres.

Por exemplo, deitar na cama ao som de Maria Rita cantando:

"anda tira essa dor do peito, anda despe essa roupa preta e manda seu corpo deslembrar!"

Quem é que não teria vontade de chorar? Escutar The Fray, Radiohead, Enya, Los Hermanos, enfim, só melodias tristes, letras sombrias e com dores de corno. Uma completa fossa. Por incrível que pareça, eu consigo sentir prazer ao ouvi-las. Além de músicas depressivas, vale também assistir um romance com final infeliz, claro. O mocinho morre, alguém tem uma doença terminal e a trama é repleta de desencontros e dramas.

Aliado à música e ao filme não pode faltar o chocolate ou algo com um certo teor álcoolico. Se a "atoice" for de longa duração e os filmes e músicas não completarem o tempo, nada como ligar o pc e não ter ninguém (legal) online. Pronto, tédio total no msn, você já começa a pensar que todos saíram e só você,VOCÊ, está trancafiado em casa. Não bastasse isso, você começa a fuçar o orkut dos outros e passa a reparar "a vida feliz" que eles levam. Angustiado e revoltado você desliga o pc, apaga a luz do quarto e fica ali na escuridão; apenas pensando e refletindo sobre sua vida.

Caso seja sábado, no fim do dia você pode se dar o presente de assistir Zorra Total (é um programa de humor, mas totalmente depressivo). E se for domingão, nada melhor do que assistir Faustão, Sílvio Santos e Fantástico. Parabéns, o seu final de semana foi uma completa depressão.

Para fechar com chave de ouro, no final do domingo, quando estiver começando No Limite, é só você se lembrar do próximo dia. Aí, meu caro, você chora.


terça-feira, 8 de setembro de 2009

Apelo de um órgão abandonado

Eu me lembro bem da época em que você era jovem. Ah, quantas saudades! Eu vivia elétrica e intensamente; com você não havia tempo para descanso. E quando você se apaixonou pela primeira vez, por aquela garotinha que sentava na carteira da frente na escola? Eu pulava tanto,mas tanto que parecia que iria saltar pela sua boca e me por a mostra ali mesmo, na carteira da escola. Mas isso não foi nada perto do seu primeiro beijo. Meu Deus! Achei que ali era o meu fim, não aguentava mais me abrir e fechar tão rapidamente.

Logo depois veio sua estréia nas desilusões do amor. Como sofreu, ou melhor, como sofremos!Durante meses eu fiquei ali apertadinho, levando sérias "fincadas" quando você se lembrava dela ou apenas se aproximava. Cada contato um apertão, um choque diferente. Como aquilo doía; chegamos a pensar que nunca mais iríamos amar, somente pela simples vontade de nunca mais sofrer.

Ledo engano, naquele tempo você era apenas um homenzinho em construção. Você cresceu e durante todo esse percurso eu vibrei com suas alegrias, paixões e excitações, também não pude deixar de sentir suas dores. Afinal de contas eu sou você. Ou será você eu? O que sei é que eu preciso de um corpo para bater e você de de mim para sobreviver. E foi essa relação de íntima necessidade que nós mantivemos durante esses seus 46 anos de existência.

Mas agora, cara, parece que se esqueceu que eu existo, e mais, esqueceu que eu sou vital para a sua pessoa. Há anos que eu não sinto uma emoção diferente. Todos os dias aquela mesma rotina de TUM-TUM-TUM, às vezes me sinto como um sino de igreja naquele badalar entediante. Você nunca mais amou ninguém, nem sequer se aproximou de uma mulher. Nem sofrer, você sofre. Que isso, homem! Eu também preciso de excitações, de me exercitar, sabia? Ah que saudades dos tempos em que você não me deixava em paz...

Como se não bastasse o marasmo de emoções, você ainda quer dar cabo de nós dois com uma tacada só; fica se embebedando, entupindo o pulmão de nicotina e comendo até pedra que estiver na sua frente. Só lhe aviso uma coisa: já estou sedentário e caso precise que eu force a circulação para passar sangue nesse cano de gordura que você chama de veia, eu não terei forças. E aí, meu caro, era uma vez eu e você.



Já que falamos em fatalidades. Não vou esconder minhas imaginações. Estou tão cansado dessa vida chata e monótona que você leva, que cheguei a desejar que você tivesse uma morte cerebral e assim eu fosse parar no corpo de outra pessoa. Quem sabe esta não gostasse de viver mais do que você? Seria uma emoção inesquecível sair desse mundinho fechado, nem que fosse por alguns minutos. Bom, como essa morte não depende de mim, eu procurei outra alternativa. Um princípio de infarto, talvez. Assim você iria se assustar e começar a me dar o devido valor. Mas é melhor não, deixa isso pra lá, eu correria riscos em prol de uma incerteza. Se bem que já seria uma emoçãozinha...

Acorda cara, vai viver! Sei lá, corre daqui até a esquina, levanta essa bunda. Eu precisava de sentimentos, mas já que está em falta, me exercite apenas, por favor! POR FAVOR!!! Eu imploro!

Não acredito! Você está se levantando, aleluia! Saiu de casa, amém! Está atravessando a rua, tentou correr, não acredito, eu estou frenético novamente,tutututututu, não conseguiu correr! Ai meu Deus, eu estou parando, eu não quero parar, tum...tum..., eu quero bater, eu que-ro ba-ter, eu que-ro, eu...ba-ter.
Piiiiiiiiiiiiiiiiiiiii