sábado, 16 de agosto de 2008

A Noite


Tinha tudo para ser uma ótima e noite e foi.
Era uma grande festa, muita bebida, músicas animadas e muita azaração. Diante de tudo isso, Juliana pensou: "Será que eu faço parte mesmo desse mundo?" Mas a música logo afugentou esses pensamentos existenciais e ela caiu na dança. Pegou uma lata de cerveja, não para entrar nesse mundinho, ela gostava mesmo daquilo. E assim a festa ia rolando, risos, gritos, palhaçadas, balanços, samba, rebolados e um BEIJO.
Aquilo fez tudo em volta parar, e no momento da agarração, Juliana só pensava em porque estava beijando aquele garoto. Não encontrava a resposta, e enquanto isso, continuava a beijar para ver se a resposta viria. Tudo em volta havia parado, não porque estava gostoso, mas sim porque não houve a tal da "química", não se encaixaram. O beijo acabou e a festa voltou a rolar.
"Mais cerveja, por favor!",ela disse. Foram uma,duas,três,quatro...Mas, todo aquele líquido ingerido precisava ser colocado pra fora. Foi ao banheiro, percebeu que alguém ia junto com ela, mas não deu importância. Na fila do banheiro, a música tocando, ela começou a se mexer, solta e livre, sem olhar ao seu redor. E novamente música, risos, agora um pouco de álcool e outro BEIJO. Não era o mesmo cara, e dessa vez a festa dela não parou, ela havia começado agora. 5, 10, 15 minutos, uma hora sem parar. Acabaram ficando a festa toda juntos.
Quando pensava estar tudo bem, ela descobre que os dois caras eram amigos. E aí vieram as bocas hipócritas a jogarem a reputação dela no lixo por apenas uma noite. Era 1% de pré-conceito e 99% de hipocrisia, pois naquela festa, ninguém era de ninguém. Bom, isso foi o que Juliana pensara, mas, na verdade, as mulheres eram de um só e os homens de todo mundo.
Deixou essa parte podre da noite de lado e voltou para aquele que fez a festa valer a pena.
Foram pra um lugar reservado, e ali estavam longe dos olhares daqueles que a julgaram.
Depois de incontáveis beijos, foi embora pra casa, sentindo o gosto do beijo e a delícia de não se controlar pelos pensamentos alheios.

sábado, 9 de agosto de 2008

Passageiros


Já cheguei a pensar se eu era uma pessoa irritante ou enjoativa,mas com o tempo e uma série de acontecimentos, percebi que o problema não estava totalmente em mim. Que não era eu quem deixava tudo passar e acabar, simplismente acontecia porque eu não sou capaz de manter uma amizade sozinha.
Tenho vários colegas. Aqueles que estão com você num determinado tempo da sua vida, curtindo os momentos bons que nos são oferecidos. Mas o "coleguismo" é passageiro. Quando o laço fraco que nos une é rompido, seja ele escola, serviço, etc, deixamos de ser colegas.
Já tive "amigos" com boas, más e segundas intenções."Amigos" de infância, de escola e de rua. "Amigos". Já não sei mais o que realmente isso significa, pois quando penso que os tenho, eles mudam de nome. Para passado, vazio, o que for.
Não me revolto, não guardo mágoas, só não entendo porque as relações andam tão descartáveis e o valor da amizade está se perdendo entre nós. Acho que ando sonhando demais.
Sei que há quem goste de mim e de estar comigo.
Só não sei até quando irão gostar...
Amizades passageiras são assim...
Se é que isso é amizade!