quinta-feira, 15 de novembro de 2012

Baile de Ilusões

A melhor (ou pior) parte em crescer é olhar para trás e perceber cada bobeira, cada erro, cada idiotice feita e em cada verdade acreditada.

É impressionante o dom que a gente tem de se iludir. E mais, de querer se iludir. Talvez por carência, necessidade intrínseca de fantasiar uma vida melhor? Sei lá... Só sei que temos essa mania irritante. As coisas estão lá, acontecendo, no seu ritmo natural e o que é que a gente faz? A gente floreia, a gente colore. Do jeitinho que a professora nos ensinou no prézinho: "desenha e colora o mundo como você queria que ele fosse".

Pois bem, a vida não é um desenho, nosso arco-íris e uma casinha no campo com chaminé e o sol sorrindo não é eterno. O tempo vem, apaga, às vezes pinta tudo de preto, às vezes deixa em branco e até mesmo volta a colorir... E nesse ir e vir, colorir-descolorir, a gente segue crescendo e descobrindo verdades tão irritantes quanto a mania de ilusão, as quais nos pegam de surpresa, se estapeando e se perguntando "por quê seu idiota?" "Me diz como não percebi, tava ali gritando na minha cara."

É meu amigo, é a vida capinando o jardim de flores que você mesmo, seu imbecil, criou. Mas não se preocupe não! Daqui a pouco, você colore tudo de novo, dizendo que "tudo passa" e "amanhã será melhor".