domingo, 18 de dezembro de 2011

Maktub

E volto pra dizer apenas que ninguém controla nada.
O que tem de acontecer, acontece.
Passe o tempo que passar, dê as mil voltas que tenha de dar.
Acredito no destino, acredito no que foi feito pra mim.

Maktub.




É isso.

terça-feira, 26 de julho de 2011

Remetente: Dele.

Há certas coisas nessa vida, que a gente não espera e tampouco planeja. Mas elas vêm, aparecem do nada e trazem consigo um pacote completo. Um pacote repleto de sentimentos inesperados, de desejos incomparáveis e de problemas à espera de respostas, de uma solução.

Se num dia, a sua vida era normal e tudo corria bem sem esse pacote, hoje, a partir do momento em que você o recebeu e aceitou abri-lo, não dá pra voltar atrás, não existe devolução. Sendo assim, aceite-o como ele veio e o sinta com o que ele te trouxe, de bom ou ruim, apenas sinta.

Se nele há dúvidas, duvide. Se há medo, coragem. Se há insegurança, acalme-se. Se há problemas, enfrente-os. Se há vontade, fique.

Se apesar de todo o inesperado, o indesejado e o atribulado que ele trouxe, ainda assim, você sentir que dentro dele, pode haver tudo o que você quis um dia, fique.

Se esse pacote, é um sentimento bom, acredite.

quinta-feira, 17 de março de 2011

to La Cancha.






Basically, I wish that you loved me


All I know is that you're the nicest thing I've ever seen
And I wish we could see if we could be something...


Kate Nash - Nicest Thing





segunda-feira, 14 de março de 2011

Ser ou não ser seu patrão?

Seu Bené já havia sido dono de um bar, uma padaria e um trailer de hambúrguer. Todos foram investimentos falidos. O negócio não engrenou, não foi pra frente. O primeiro, por que logo após sua inauguração, abriram um mega barzinho dançante para jovens ao lado. Seus clientes nada fiéis migraram correndo para lá.

O segundo, porque um dos padeiros, num porre em hora errada, não cuidou da higiene e assou uma barata, aumentando o cardápio do pequeno estabelecimento. Pena que sua idéia genial não deu certo. Fecharam a padaria e o nome de Bené ficou tão sujo quanto a baratinha assada.

E o terceiro não deu certo, pois a sombra daquele inseto ainda pairava sobre a imagem de Bené. "É nisso que dá morar em cidade pequena, todo mundo sabe dos acontecimentos e eles ficam eternos na memória de todos, diacho." Assim ele pensava, em seus momentos de fúria.

Foi então, que em Agosto de 2008, Seu Bené resolveu abrir uma mercearia. Pensou que a memória da barata não afetaria este novo empreendimento, pois tudo estaria enlatado, engarrafado e lacrado antes mesmo de chegarem ao seu estabelecimento. Juntou suas economias e abriu sua lojinha, o nome não seria muito criativo, logo escreveu na placa:
MERCEARIA DO SEU BENÉ.


Começou bem, era a novidade do momento e logo todos começaram a fazer compras ali, muitos até mesmo só para verificarem se ele tinha aprendido a cuidar da limpeza. E tinha. Antes de tudo, Bené logo ensinou seus funcionários a zelarem primeiramente pela limpeza do ambiente. Estava tudo limpo e impecável, as vendas aumentando e ele lucrando. Finalmente ele tinha acertado um investimento. Ah, como ele estava feliz!

No mês de Fevereiro de 2009, quando já havia ampliado sua lojinha, Bené recebe a pior notícia desde que começara a prosperar. A cidade iria receber um supermercado de uma grande rede, daqueles que chegam e tomam conta do lugar. Ele sabia que não conseguiria concorrer. Diminuiu o estoque, abaixou os preços e demitiu seus funcionários. Era o começo da sua próxima falência. Até então estava dando pra viver, alguns clientes fiéis e da redondeza ainda compravam na pequena mercearia. Já era mês de agosto e Bené pensou, "17 de agosto, 1 ano do ponto", não podia imaginar que iria estar assim, quebrado.

O movimento foi caindo, caindo... Bené não podia superar as grandes ofertas daquele maldito supermercado e além do mais, as pessoas achavam muito mais chique irem lá e ficarem empurrando carrinhos e enfrentando filas só pra passarem os produtos na esteira rolante. Bando de deslumbrados idiotas! Seu Bené não podia mais sustentar aquilo, tinha que assumir sua falência, não dava certo com negócios, iria virar empregado, não nasceu pra ser patrão.

Um dia, ele disse à sua esposa:
-Amor, tô pensando em fechar essa budega!

Esta era sua decisão final. Até que um dia, depois de muito tempo sem nenhum freguês, um rapaz entra na mercearia e pergunta:

- Moço, tem macarrão instantâneo? Aconteceu um acidente lá no supermercado e parece que o estoque pegou fogo, queimou tudo.

- Poxa, vou ficar te devendo, estou sem miojo.

E agora, Bené?

sexta-feira, 11 de março de 2011

A invenção da infância




“Ao inventar a infância, a Modernidade cria a idade de ouro de cada
indivíduo. Fase em que a vida será perfeita, protegida e tranqüila,
antes de ser tomada pelas exigências do trabalho. Época ideal de
nossas vidas, em que ser criança é não ter qualquer outro
compromisso que vá além do gozo puro e simples de sua inocência.”
(Trecho da voz off no documentário A Invenção da Infância)

será???

Deixarei que o documentário "A invenção da infância" de
Liliana Sulzbac responda por mim.

O vídeo retrata o que é "ser criança" através do ponto de vista de várias crianças de diferentes classes sociais do Brasil. Foi gravado no ano 2000, mas as questões tratadas continuam se não iguais, acentuadas.




"Ser criança, não significa ter infância."

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Fora do Trilho



Meu tempo é outro, me encontro alhures...
Em vão acompanho um trem que não passa nessa estação.

E aqui me encontro; sentada a observar o trem e a vida passar...

Por um instante estou dentro dele a viajar. E de repente, tudo parece tão simples e fácil.
Estou ali.
No mesmo lugar, na mesma velocidade e destino.
E por este instante, acompanho o trem...

Então ouço o sinal da partida.
Abro os olhos, estendo a mão.
Só aí me dou conta de que esse trem, justo esse trem, não pára na minha estação.

Logo eu que havia comprado o bilhete e arrumado as malas...