quarta-feira, 27 de maio de 2009

MINI - aspirante a POETA

Toda criança e todo adolescente têm uma imaginação pra lá de fértil. Quando menos esperamos e de onde sequer imaginamos, eles surgem com frases e atitudes que nos deixam boquiabertos. Seja por surpresa, graça ou até mesmo indignação.

Eu, por exemplo, desde pequena sempre tive um mundo particular dentro da minha cabeça, e nunca fiz questão de apresentá-lo á ninguém. Como não falava sobre ele, passei a escrevê-lo. Assim, todo ano eu comprava uma agenda que não tinha função nenhuma de anotar compromissos. Afinal eu tinha 12, 13 anos, que tipo de obrigação teria, a não ser a escola? Então essas agendas se tornaram uma espécie de diário e caderno de anotações, tinha de tudo ali, desde fotos e cartas à bilhetes de cinema guardados.

Hoje resolvi dar uma lida nelas e achei alguns poemas de minha autoria. Confesso que ri um bocado, mas também senti orgulho de mim mesma, simplesmente pelo fato de ter escrito algo além das letras de Sandy e Júnior.

Fiquei tentando lembrar o que se passava em minha cabeça quando escrevi aqueles poemas e nada me veio à tona. Creio que devo ter apanhado conversas que ouvi e as reproduzi com minhas próprias palavras, sempre tive essa mania de observação.

Enfim, com rimas pobres, em ab ab, compartilho aqui algumas de minhas obras infanto-juvenis dos meus saudosos 12 e 13 anos :

TRIBOS

Tribo indígena
patis, punks
nerds,pagodeiros
Todos tribos
Grupos diferentes
com a mesma coisa
em mente:
se identificar e
relacionar.
Tudo em função
de um só medo:
a SOLIDÃO.
No final das contas
somos todos iguais.



Capitalienando

Nike, Adidas
Christian e Dior
Comprando vidas
tornando pior
Um mundo insano
importar é o que importa
e não (o) ser humano
Vender,comprar,lucrar
mais, mais e mais
Alimentar o mercado
fomentando os pecados
Nos esquecemos das almas,
estamos alienados.



A luz que apagou

Eu te ajudo
Eu me cuido
Para amor não faltar
Como chuva em um copo
Se enche até transbordar

Fome e miséria
a falta do que nunca há
Isso existe, não quero aceitar
Olhos molhados...
Eu quero, eu posso ajudar

Infelizmente essa luz se apagou
Os olhos não brilham
Já não mais chamam
Por quem não ajudou

domingo, 24 de maio de 2009

O Dia dos Pressionados

O homem passa por diversas provações desde a sua infância. Começamos pelo bom comportamento com os pais, passamos pelas notas na escola, pelos grupos de amigos, enfim, sempre tivemos que provar algo para determinado objetivo, sempre esperando que fossemos aceitos. E a incerteza, a dúvida de tal aprovação é o que sempre nos deixa angustiados e nos motiva a correr atrás de resultados positivos.

E hoje, 24 de Maio é o dia das pessoas que estão passando por uma fase da vida em que angústia, incerteza e pressão fazem parte do cotidiano. Sim, hoje é o nada famoso, Dia do Vestibulando.



Quase ninguém sabe que criaram um dia para se comemorar (comemorar o quê? Ê viva a pressão do vestibular! Uhu!) a vida estressante que nós, vestibulandos temos. E eu fui descobrir apenas hoje, quando me deram os parabéns na sala de aula. Sim, eu tive aula no domingo. Quer melhor maneira de celebrar este dia? E mais, há melhor maneira de ilustrar a rotina de quem sonha em entrar numa boa faculdade ?

Tudo bem que esse é um dia como outro qualquer, nem feriado é. Mas, ao menos mostra que a visão deturpada que muitos têm de quem está por conta de fazer um vestibular no fim do ano, está mudando. Quase sempre somos tachados de "à toa" ou ouvimos a frase: " Vá fazer algo útil de verdade, algo que conste no currículo".

Essa visão vem do fato de existir milhares de candidatos que apenas ocupam cadeiras nos cursinhos pré-vestibulares do país. E esses não merecem os parabéns por este dia. Afinal, não estão se preparando para nada. Irão fazer uma faculdade meia-boca, da mesma forma que fazem um cursinho meia-boca. Sei que há talentos desperdiçados em muitas faculdades não renomadas, mas isso já é outro assunto, esse texto refere-se apenas à etapa de preparação.

O vestibulando de fato, aquele que resolveu dedicar seu tempo aos estudos, deseja entrar numa boa faculdade (quase sempre as Federais) e tira um ano da sua vida apenas pra isso, além de enfrentar a pressão da concorrência, da família, e a dele mesmo, tem de decidir a sua profissão. E nem sempre a decisão é certeza absoluta quando marcamos a opção de curso na inscrição. E aí, somada a incerteza da aprovação, há a dúvida se iremos gostar do curso escolhido e mais, se ao final de tudo, o diploma irá nos render aquilo que procuramos desde o ínicio, um bom emprego.

Só quem já passou por essa fase ou ainda se encontra nela, percebe que não é mais um período qualquer, é praticamente um momento decisivo que requer muito esforço e vontade.
Não darei parabéns aos vestibulandos, por que ainda não há o que comemorar, apenas desejo determinação para chegar ao final do processo. E aí sim, os verdadeiros vestibulandos serão recompensados e merecerão todos os parabéns.

quinta-feira, 21 de maio de 2009

Mas, hein???

- Se cê tivesse superpoderes, o que iria fazer?

- Ah, eu iria mudar muita coisa aqui no Brasil...

- E quais os pobrema ocê iria resolver aqui?

- Esse seria o primeiro deles.

- Que esse?


¬¬ '




Foto meramente ilustrativa, clicada por mim, em algum boteco na estrada de Minas rumo a Bahia.

terça-feira, 19 de maio de 2009

Mais um selo fecundado.

Pela terceira vez, o blog foi prestigiado com um selo vindo de um galinheiro próximo.

Virou panelinha, é?

Como convém, eu agradeço ao Brunín por este selinho bacana e respondo ao meme incumbido.
Este foi o único que respondi por puro prazer, afinal adoro me definir e imaginar coisas, dizendo: "Se eu fosse..."
Mas, se eu não fosse tão indecisa, teria sido mais fácil fazer isso.

Se eu fosse um mês: Dezembro (go shopping)
Se eu fosse um dia da semana: Domingo (dia da preguiça)
Se eu fosse uma hora do dia: 24:00
Se eu fosse uma estação: Verão
Se eu fosse um planeta: Terra, até agora o único com vida.
Se eu fosse um filme: Matrix (aquele que ninguém entende)
Se eu fosse uma cidade: Paris
Se eu fosse um móvel: Uma cama
Se eu fosse um pecado: Preguiça
Se eu fosse um sentido: Visão
Se eu fosse uma pedra: Gnaisse
Se eu fosse uma árvore/Planta: Araucária
Se eu fosse uma flor: Gérbera rosa
Se eu fosse um clima: Tropical
Se eu fosse um prato: estaria sempre cheio
Se eu fosse um instrumento musical: seria um piano
Se eu fosse um elemento: Água
Se eu fosse uma cor: Verde
Se eu fosse um animal: Ovelha negra
Se eu fosse um som: Seria um grito
Se eu fosse uma música: Iris - Goo goo dolls
Se eu fosse um sentimento: Euforia
Se eu fosse um lugar: Seria um cinema
Se eu fosse um sabor: Doce
Se eu fosse uma palavra: Inconstante
Se eu fosse um verbo: Seria Pensar
Se eu fosse um objeto: Seria uma máquina fotográfica
Se eu fosse uma parte do corpo: Mãos
Se eu fosse um número: 11
Se eu fosse um crime: Difamação
Se eu fosse um Símbolo: Vênus
Se eu pudesse ser qualquer coisa? Uma mosca.


Já que de todos os blogs que gostaria de indicar o selo, sobrou apenas o do Alexandre, mandarei mais um para selar aquelas Paredes.


E é só. Valeu, Brunín.

domingo, 17 de maio de 2009

Em busca do BEM MAIOR.

Quando eu penso que já vi várias coisas esquisitas nesse mundo, sempre aparece mais uma para me surpreender. Estava eu, em minha visita diária ao site G1 fazendo aquela leitura dinâmica, procurando o que mais me interessa, e eis que me deparo com a seguinte manchete: Manifestação dos sem-namorado reúne 3 mil na zona sul de SP.


Os encalhados perderam a vergonha neste domingo e foram a luta. Segundo o G1, os solteirões saíram nas ruas gritando “Ado, 'aado'. Eu quero um namorado.” “Inho, 'iinho'. Cansei de ser sozinho." A idéia era a de que todos conseguissem arrumar um parceiro antes do dia 12 de Junho, o famoso Dia dos namorados (Droga, tá chegando.).

Tudo bem que devemos lutar por aquilo que queremos e se for preciso protestarmos, por que não fazê-lo? Mas, o que poderia ser feito por eles (nós,hehe)? A solteirice indesejada vêm por motivos pessoais e não coletivos. Decretar uma lei proibindo a solteirice por mais de 6 meses, de nada adiantaria e eu ainda seria presa. A Reforma Sentimental deve ser feita internamente e diariamente, aí um dia, talvez, quem sabe, pode ser que dê certo e finalmente encontremos a nossa tampa da panela (porquê diabos eu me inclui aí? Que merda.).


De acordo com a organização do movimento, foram formados 53 casais durante o evento. Agora eis a questão, estes novos desencalhados voltarão ou não a ser encalhados amanhã? Ein?
Depois desse, eles também poderiam participar do Movimento dos Sem-vergonha ou quem sabe no Movimento dos Sem-o que fazer.

E protestar pelo que interessa, nada. "Eçi é mel Braziu.
"

O movimento já se realizou, mas quem se interessar pelo assunto pode entrar no site do mesmo, clicando aqui.

Post dedicado à uma certa amiga.

PS: Confesso que eu iria se tivesse um aqui em Bh. Nunca se sabe quando as oportunidades virão.Hehehe, só pra zoar, sabe. ;)

quinta-feira, 7 de maio de 2009

Ah, o ônibus!

Anteontem, ontem e hoje fiquei presa no trânsito dentro de um "buzu", ou seja, tive tempo suficiente para pensar em inúmeras coisas. E aí, eu olhei para o local onde eu me encontrava e me perguntei,"de onde isso veio?Quando surgiu?". Cheguei em casa e fui dar um "googlada"pra sanar essas dúvidas óciosas.
Descobri, segundo a Wikipédia, que a função do ônibus como transporte público teve origem em Nantes, França no ano de 1826. E o ponto final na época, era em frente a loja de chapéus do Sr. Omnes, que para atrair a freguesia colocou a seguinte frase na porta do estabelecimento: "Omnes Omnibus", que significaria "Tudo para todos". Surgindo assim o termo Ônibus.
Sim, é até interessante a história do transporte do povão, mas nessas viagens rotineiras e longas do meu dia-a-dia, eu pensei em algo além das origens deste que me leva e busca. Estava eu, lá no meio da "garera", enquanto observava situações irritantes acontecerem suscessivamente, quando penso, "Porque não fazer um top 10 das coisas que eu não gosto em ônibus? Peraí, por acaso eu gosto de alguma coisa neles? É, não. Então isso facilita o processo."
Sendo assim, não vou prosseguir na história do ônibus. Se alguém se interessar é só clicar aqui e aqui.
Vamos logo à razão de ser deste texto.

10 coisas (pense pessoas) que me irritam em um ônibus:

- Idosos que sabem que irão ficar na parte da frente do ônibus, entrarem antes de todos, pelo simples prazer de empatar a entrada do restante que ficou atrás. E depois, nós jovens que não temos educação.

- Catar as moedinhas quando já está na roleta. É questão de facilitar até a própria vida do sujeito. O ônibus vai estar em movimento dificultando todo o processo de contar as moedas de 10 centavos até inteirar R$ 2,30, além de você abrir a bolsa/carteira e correr o risco de chamar
atenção de ladrões. Por último e não menos importante, atrasa a vida de todo mundo.

- Ônibus lotado, com 5 pessoas por meio m² e o cara vem tirar casquinha de mim, roçando as partes indevidas. Merece a morte um sujeito desse, no mínimo ser capado. Queria ver se fizessem isso com a mãe, irmã ou mulher dele. Hunf.

- Música tocando em celular, rádio de pilha e afins. Quer dizer, considerando música eu até estou sendo generosa. Fazendo barulho pra ser mais exata. Será que não apresentaram os fones de ouvido à essas pessoas?

- Pessoas (carentes) que do nada, te olham e começam a conversar sobre o tempo, quando não sobre o próprio ônibus,"Nossa, mas esse ônibus é um inferno". "Esse trânsito,viu. Ninguém merece!" Agora surpreenda-me, meu caro.

- Cheiros característicos. 6 horas da tarde, o sujeito está voltando do silviço, não tem lugar pra sentar, ele fica em pé, estica o bração e vuf, vem aquele cheirinho de queijo podre. Diliça. Pior do que respirar esse cc, é senti-lo, compartilhar do suor do trabalho alheio.

- Me confundirem com travesseiro. Tá,tá, eu entendo a pessoa está cansada, afinal quem pega ônibus é trabalhador, patrão só anda de carro. Ficar capengando, cabeça balança pra cá, pra lá, até vai. Mas tombar pro meu lado e encostar no meu ombro, aí já ultrapassou os limites da intimidade que com certeza eu não dei à ela.

- Pessoas falando alto. O ônibus por mais que não seja pequeno, também não é tão grande pra ser necessário gritar. E além do mais, geralmente esses seres com problemas auditivos e de senso, sempre estão um ao lado do outro, mas mesmo assim, por um sentimento de solidariedade, eles decidem compartilhar com todos os passageiros a sua conversa(qualquer dia desses, uma delas vira história aqui).

- Grupos de adolescentes (baderneiros) que acabaram de sair da escola. E essa eu sei muito bem, afinal eu voltava da escola de ônibus. O pessoal empolga e acha que ainda continua no pátio na hora do recreio. Pra mim isso tem nome, falta de educação.

10º - Bafo matinal. Isso costuma acontecer principalmente no inverno. De manhã tá aquele friozinho, ninguém quer receber um ventinho na cara. O que eles fazem? Fecham todas as janelas. E aí vem aquele cheiro de boca exalando por todo o veículo. Sinto como se estivesse engolindo todas as impurezas alheias. Urgh, meu Deus, as horas felizes são aquelas que alguém desce e a porta abre.


Taí meu top 10 maldito. Ainda bem que hoje é sexta, voltarei a enfrentar essas experiências apenas na segunda.
É, a vida é uma rotina. E isto(infelizmente) faz parte da minha.


Um sonho

segunda-feira, 4 de maio de 2009

Olhos nos Olhos

Olhos Nos Olhos
(Chico Buarque)

Quando você me deixou, meu bem
Me disse pra ser feliz e passar bem
Quis morrer de ciúme, quase enlouqueci
Mas depois, como era de costume, obedeci

Quando você me quiser rever
Já vai me encontrar refeita, pode crer
Olhos no olhos, quero ver o que você faz
Ao sentir que sem você passo bem demais

E que venho até remoçando
Me pego cantando
Sem mais nem porquê
E tantas águas rolaram
Quantos homens me amaram
Bem mais e melhor que você

Quando talvez precisar de mim
Você sabe a casa é sempre sua, venha sim
Olhos nos olhos, quero ver o que você diz
Quero ver como suporta me ver tão feliz

Resposta à música do Chico:



Belo Horizonte, 4 de maio de 2009

Marisa,
escrevo esta carta, apenas para esclarecer mais uma vez tudo aquilo que foi dito quando rompemos nossa relação.
Você, sempre teve como característica marcante essa sua imutável ignorância, e assim, mesmo após um ano separados ainda insiste em dizer que eu a deixei de forma leviana. Criando a imagem de um homem sem caráter, que a largou à própria sorte, a qual, você, intimamente sabe que não condiz com a minha pessoa.
Sei que você sofreu, morreu de ciúmes e perdera o juízo. Não nego que também passei por mals tempos no início. Tal sofrimento, me fez amadurecer e ver que agi certo ao terminar. Você nao mudaria nunca e suas últimas palavras apenas confirmam isso. Até hoje não enxergou que sempre foi ciumenta, possessiva e que isto a levou a atos impensados, a crises profundas e a inúmeras brigas. E muito menos percebera, que o conjunto de todas essas coisas, fora o real motivo para eu a deixar. Aliado à sua cegueira permanente, há a sua completa indignação pelo fato de eu ainda amá-la quando resolvi partir. Algo que você jamais tentou e conseguiu compreender.
Apesar de desejar que realmente esteja feliz, não consigo acreditar em suas palavras. Creio que alguém que estivesse de fato refeita, não precisaria de outra para provar e exibir sua felicidade. Porém, se você assim quer, proponho um encontro para vermos quem é que não suporta o outro feliz. Olhos nos olhos.
Abraços.
Márcio

sábado, 2 de maio de 2009

Até tu?

Estátua com gripe suína (agora, Gripe A) em Acapulco, México.
Corram e comprem já suas máscaras de proteção. [ironia mode off]