domingo, 1 de novembro de 2009

Sensível demais ...

... eu sou um alguém que chora.


Taí uma coisa que não me falam frequentemente: que sou sensível. Chorava à toa constantemente quando criança, mas depois de "visitar" uma psicóloga por alguns anos, esse quadro mudou e a fonte secou. Não era mais tão fácil arrancar lágrimas de mim, o caso tinha que ser grave, a raiva intensa e a dor inevitável.

No entanto, ando com os nervos à flor da pele (estresse de vestibular,é isso) e o que antes era difícil de acontecer, agora sai facilmente. Prova disso, foi o meu último sábado. Logo de manhã, comecei a assistir o documentário Diamantes de Sangue no History Channel; o qual mostra os conflitos que ocorreram na África devido ao tráfico de diamantes.

Ao assistir tamanha violência, miséria e sofrimento pelo qual os civis de países como Serra Leoa estavam submetidos, eu me perguntava como um ser humano pode matar, estuprar e decepar o seu semelhante? Ganância, dinheiro, interesse político? Sim, estes são os motivos apresentados, mas está além da minha compreensão, o fato de existir razões para matar.



Após quase duas horas de cenas fortes e depoimentos emocionantes, as lágrimas vieram quando uma moça africana conta como perdera o marido e o filho ao mesmo tempo. Os guerrilheiros cortaram a mão do esposo e ela o viu gritando "Eu estou sangrando, me cortaram". Logo depois ela, grávida, teve um pedaço de graveto enfiado em seu útero para que ela perdesse o bebê. Enfim, minha perplexidade diante de tamanha brutalidade e selvageria fez com que eu chorasse. Sim, eu chorei assistindo um documentário,e daí?




À noite pra fechar o dia eu fui assistir A Lista de Schindler (1993), um filme vencedor de 7 Oscar e super recomendado quando se trata sobre o Holocausto. Enfim, o próprio tema já é algo digno de se emocionar sem precisar de imagens. O longa retrata, com a 2ª Guerra como pano de fundo, a história de Oskar Schindler, um empresário que após conseguir acumular riquezas às custas dos judeus, salva mais de mil vidas judias, colocando-os na sua lista de empregados, evitando assim que eles fossem para os campos de concentração de Auschwitz.

As atrocidades anti-semitas de Hitler sempre me causaram repulsa e indignação, o que não foi diferente com esse filme. E é claro, eu chorei novamente, chorei com o filme e chorei com os depoimentos dos sobreviventes que estavam na lista.



É...Ontem foi o dia de ver até onde o homem vai quando se trata dos seus objetivos. E de lamentar pelas vidas que pagaram por isto que eles chamam de "interesse". Não há diamante que traga as vidas perdidas de volta e apague a dor dos que sobreviveram. E não há explicações lógicas para a perseguição e o ódio aos judeus. É tudo tão ilógico e anormal quanto o fato de eu conseguir chorar tão facilmente...


PS: Quem se interessar pelo documentário, ele está disponível no Youtube, é só clicar aqui.

3 comentários:

! Marcelo Cândido ! disse...

tem muita coisa que faz a gente chorar
filmes a até a vida real
mas tudo melhorará
é o q espero...
se não cansar de esperar

Glayce Santos disse...

Olá!

Sou o contrário, qd criança quase não chorava; hoje, com 25 anos, choro de tudo, por tudo! Eu heim. rs

Eu assisti este filme-documentário; dói, né? Tanta maldade, tanta coisa ruim acontecendo neste mundão de meu Deus! =( Poder e dinheiro transformam homens em demonios!

beijocas, flor!

Ronaldo disse...

tambem choro, tenho chorado muito ultimamente, afinal emoções acontecem.

estou baixando o documentario para ver ;o)

bjs